Das coisas de que somos feitos...

segunda-feira, 27 de julho de 2009
Frequentemente imaginamos o contrário, mas é das coisas pequenas que somos formados. Não são as grandes tragédias, as grandes conquistas, não é isso que diz quem somos. O modo como reagimos a cada coisa grande que nos acontece, isso é formado enquanto vivemos as pequenas coisas do dia a dia.
Parar o que está fazendo pra observar o vento que balança as folhas das árvores. Ver a chuva molhar as janelas do ônibus. Sentir o vento desarrumar o cabelo. Absorver o calor do sol depois de uma noite fria. Receber uma carta inesperada. Ver o esperado acontecer inesperadamente, enquanto você dá atenção a qualquer outra coisa simples ao seu redor. Cozinhar pra alguém que você ama. Cozinhar com prazer pra si mesmo. Acordar cedo por alguém que você ama, acordar cedo por amar a si mesmo. Toques no celular. Ouvir uma música e lembrar de alguém especial. Ouvir aquela música só porque ela lembra alguém especial. Fazer carinho no seu animal de estimação. Receber um sms. Uma lembrança boa da sua infância. Dizer “eu te amo”. Enviar flores. Sorrir só de pensar em alguém. Sair da fila pra ajudar uma velhinha, mesmo que isso signifique perder seu lugar e ter que ir pro final de novo. Gastar em algo que você quer tanto. Presentear alguém sem que haja uma data comercial por trás disso. Lavar a louça mesmo que essa não seja a sua vez. Deixar um bilhete na cabeceira da cama. Abraçar. Já viu uma criança enquanto anda de carro? Aquele olhar.
Invente coisas, faça aquilo que sempre quis fazer mas nunca encontrou tempo. Dê um sorriso, acalme um coração. Faça algo bom por si mesmo, faça algo por alguém.

Estas coisas nos diferenciam, embora tenham o sublime poder de nos unir.

Um post para pensar...

domingo, 12 de julho de 2009
Em meio às lágrimas, meu pastor nos contou esse trecho de um livro que leu.

Meu amigo Tony Campolo [...] se encontrava em um local que tinha um fuso horário bem diferente e não conseguia dormir. Então, bem depois da meia-noite saiu perambulando até chegar a uma confeitaria. Algumas prostitutas locais também ali entraram no meio da madrugada, depois de suas atividades habituais. Lá ele não pôde evitar de ouvir uma conversa entre duas delas. Uma, chamada Agnes, disse à outra: "Sabe de uma coisa? Amanhã é meu aniversário. Vou fazer 39 anos. [...] Nunca tive uma festa de aniversário em toda minha vida [...].

Quando saíram, Tony teve uma ideia. Perguntou ao proprietário da confeitaria se Agnes ia lá todas as noites, e, quando ele disse que sim, convidou-o a participar de uma conspiração para organizar uma festa surpresa. Até a esposa do proprietário se envolveu. Juntos, arrumaram um bolo, velas de aniversário e decoração para que festejassem com Agnes, que para Tony não passava de uma completa estranha. Na noite seguinte, quando ela entrou, todos gritaram: "Surpresa! Surpresa!" - e Agnes não podia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Os fregueses da confeitaria cantaram e ela começou a chorar tanto que mal conseguiu soprar as velinhas. [...] Em seguida, ela saiu carregando seu bolo como se fosse um tesouro.

Tony conduziu os convidados em um momento de oração por Agnes e o proprietário da loja disse que não fazia a menor ideia de que Tony fosse um pregador. E então perguntou a Tony de que tipo de igreja ele era. Tony respondeu que era de uma igreja em que se dão festas de aniversário para prostitutas às 3:30 horas da madrugada. O homem não podia acreditar. "Não, isso não é possível. Não existe uma igreja assim. Se existisse, eu me juntaria a ela. É, com certeza eu faria parte de uma igreja desse tipo".

A Mensagem Secreta de Jesus,
Brian McLaren, ed. Thomas Nelson.

Um post sobre mim...

segunda-feira, 6 de julho de 2009
Aos que me conhecem, para saberem um pouco mais. Aos que não me conhecem, para descobrirem se querem me conhecer. E a mim mesma, pra me descobrir.

Eu não sou tão boa com as palavras ditas como sou com as escritas. Pra me expressar, eu uso melhor olhares, gestos e toques do que as palavras. Pra me conhecer, é essencial prestar atenção em mim. Eu não consigo disfarçar irritações no msn. Chega a ser irritante como eu travo e isso é sentido por qualquer um que me conheça um pouco. Eu dou conselhos que não sigo. Eu sei o que fazer, mas frequentemente faço o contrário. Eu amo o silêncio. Amo estar sozinha, embora eu não dispense uma boa companhia. Um dia de sol me agrada, mas a chuva é minha paisagem preferida. Embora isso não me agrade, eu não costumo cobrar o mesmo que cobram de mim. Se você me tem como amiga, você tem a melhor pessoa que eu puder ser. Se eu disser que você me tem, você me tem completamente. Eu não consigo dizer que amo só porque o outro disse, nem que seja só no msn. Eu não gosto de despedidas. Não lido bem com desilusões e frustrações. Eu gosto de todas as músicas que eu considerar boas. Não gosto de rótulos e classificações. Eu não reajo bem sob pressão. Pra mim, quando tiver que ser, vai ser. Nem todo mundo me entende. Geralmente, quase ninguém me entende. Se você quer estar comigo e não entende, tente só aceitar. Tudo em mim funciona num tempo particular que depende muito de mim mesma. Talvez nem tenha a ver com você. Eu vivo em constante aprendizado e aperfeiçoamento. Minhas opiniões podem mudar e eu gosto disso. Eu falo demais. Ou eu falo pouco. E tá bom de parar por aqui porque já falei demais.
Só mais uma coisa: se você chegou até aqui, merece, no mínimo, um agradecimento.
Obrigada ;]

Uma combinação de todas as coisas...

sexta-feira, 3 de julho de 2009
Há várias teorias, discussões e controvérsias a respeito da Personalidade. Porém, na busca de um meio termo, como apelo ao bom senso, encontramos algo que diz que a totalidade do ser humano é, na verdade, um balanço de duas porções que se combinam de forma a produzir a pessoa tal como é: A natureza biológica e a natureza existencial. Assim, encontramos a personalidade sendo definida como “a organização dinâmica dos traços no interior do eu, formados a partir dos genes particulares que herdamos, das existências singulares que experimentamos e das percepções individuais que temos do mundo, capazes de tornar cada indivíduo único em sua maneira de ser, de sentir e de desempenhar o seu papel social”.

Temos uma herança, aquilo que somos primariamente, e assim vamos vivendo, aprendendo, enquanto outras coisas vão sendo acrescentadas a nós. Vivemos constantes mudanças. Além do nosso corpo, aquilo que somos em nossa personalidade, quem somos, isso se transforma rapidamente, vamos absorvendo traços, crescendo, mudando opiniões, adquirindo novas percepções. Todas as experiências, os momentos, as dificuldades, as alegrias, tudo isso serviu pra imprimir em nós, valores, idéias, sentimentos, descobertas. Isso é o que somos. Uma combinação [perfeita ou não] de todas as coisas.