Sobre não saber...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Não sei mais até que ponto conversar é importante. Não consigo mais definir em que momento o mais adequado é calar. Desaprendi a identificar quando é melhor parar de insistir. O que é realmente necessário, afinal? Será que dizer o que se pensa vai mesmo servir pra alguma coisa, vai mudar alguma coisa?
 
Hoje eu não tenho nenhuma resposta. Hoje são só perguntas.

Sobre ceder...

sábado, 3 de setembro de 2011
Como? Como viver um relacionamento sem impor ao outro aquilo que queremos? Como não se encher de expectativas com relação ao outro? Como não se decepcionar? Como deixar o outro livre pra ser exatamente quem ele é, mesmo que isso nos magoe? Como? Será possível ser assim? Será que alguém, em algum lugar, não precisa expor o parceiro a esse tipo de pressão e consegue evitar expor a si mesmo a algo tão ruim quanto o sentimento de quem cobra sem ser ouvido? E mesmo aquele que é atendido em todas as suas cobranças, será que não se sente controlador demais da vida de outro? Não se sente forçando alguém a ser como ele não é, a fazer coisas que ele não quer fazer, simplesmente para satisfazê-lo?
Relacionamentos não são fáceis, são? É necessário um pouco de altruísmo, dos dois lados, ou mesmo só de um, para que um relacionamento flua. Se a sua vontade não é atendida, provavelmente a do outro será. Mas, e aí? Será que isso é mesmo o melhor pra você? Será que tem um jeito de ceder e se sentir bem fazendo isso? Sem maquiagens, se sentir bem de verdade? Às vezes a gente pensa que ver o outro feliz é o mais importante. Mas e quanto a nós? Se fazer o outro feliz é aquilo que te faz feliz, ótimo. Mas e se não for? Será que vai valer a pena?

Sobre algumas coisas...

sábado, 6 de agosto de 2011

Às vezes, insistir em algo pode ser pior do que simplesmente aceitar que certas coisas não podem ser como esperamos. A verdade é que na maioria das vezes, elas não são. E muitas vezes nos vemos insistindo em algo, várias e várias vezes, e por mais que esteja na cara que aquilo não vai mudar, não vai se transformar no que queremos, continuamos a insistir. Por quê? Que tipo de sentimento doentio parece nos forçar a continuar batendo sempre na mesma tecla, apesar dela não emitir som algum há muito tempo?
Seja nas nossas relações pessoais ou nas coisas que esperamos da vida, sempre há um tempo de dizer basta. Nem tudo acontece como queremos. Talvez porque não seja o momento certo, a pessoa certa, a atitude certa. Muitas vezes o melhor a fazer é desistir e descansar. Deixar ser. Aceitar que não temos em nossas mãos o controle de tudo, e que a vida é assim mesmo. Entender que, talvez, se pararmos de insistir, vamos perceber que aquilo passa. Que nós sobrevivemos. E perceber que, muitas vezes, vivemos até melhor sem aquilo. Que às vezes é como era pra ser.

Sobre os 23...

terça-feira, 31 de maio de 2011
Vinte e três anos. Quando está bem longe deles, a gente sempre pensa em como tudo será quando eles chegarem, né? A gente faz planos, imagina, até sonha acordado.
Até que chega neles. E, naturalmente, não é nada daquilo que a gente pensou. O que tem de extraordinário em fazer 23 anos? Acaba que a gente tem ainda mais responsabilidades. A vida nem de longe é aquele mar de rosas, você ainda não terminou a faculdade, nem tem emprego. Não adianta, você também não vai casar agora.
Sei que, aos 23, tem gente que só pensa em voltar aos 13, 15, 17... eu passo. Até gostei da minha adolescência, mas sem dúvida o hoje é a melhor época da minha vida. Sei que aos 12 eu só queria ter 16. Aos 16 eu só queria ter 18. Agora eu nem noto mais a diferença entre ser crescido e ser só adolescente.
Não é perfeito hoje, sabe? Mas a vida me deu o necessário pra ser feliz. E isso, é privilégio de poucos. Eu tenho os melhores amigos, tenho uma família, tenho alguém pra amar, tenho tudo o que preciso pra, a cada dia, crescer um pouco mais através dos relacionamentos que semeei. Hoje eu colho os frutos desses relacionamentos e continuo semeando outros, porque a vida é pra sempre esse ciclo de pessoas que nos rodeiam, e por vezes, nos abandonam. Mas é isso mesmo.
São muitas reflexões pra hoje. Pra cada dia que ainda vai nascer. E eu vou vivendo... porque a vida, ela é isso mesmo. A vida é cada momento.

Sobre o futuro...

domingo, 15 de maio de 2011
Naturalmente, nós fazemos planos. Mesmo sem traçar metas ou fazer programações, nós pensamos no futuro e em como queremos que ele seja. Quando estamos nos relacionando com alguém, isso é ainda mais natural. Quando se está apaixonado, os planos são traçados naturalmente, aparecendo à nossa frente logo após cada passo dado. Não dá pra evitar. Quando queremos muito alguém, nós o queremos pra vida inteira. E vida inteira envolve algo que ainda não conhecemos. Envolve sonhar e desejar. Algumas vezes envolve planejar exatamente o que se quer que aconteça, planejar cada passo a ser seguido. Outras vezes envolve apenas viver cada momento. Aproveitar o agora, porque afinal, o futuro é isso mesmo, um agora que está só esperando pra chegar.
E sejam quais forem seus sonhos ou seus planos pro futuro, você ainda pode se surpreender. Porque no fundo, o futuro sempre reserva algo que você não pode prever. O futuro pode ser ainda melhor do que você imagina.

Sobre as pessoas...

domingo, 10 de abril de 2011
As pessoas. Quem vive sem elas? Independente das influências delas sobre nós. Sejam boas, sejam más. Simplesmente não dá pra viver sem alguém por perto.
No trabalho. Na faculdade. Na vida. Não dá pra escapar delas. Não dá pra viver sem elas.
De certa forma, elas também são responsáveis por quem nós somos. As marcas que elas deixam em nós. Aquilo que fazem e nos molda. Não dá pra simplesmente escapar dessa influência.
Apesar dessa dependência ter um lado ruim, não é só disso que as nossas relações são feitas. Pessoas nos completam. Nos amam. Nos apóiam. Nos instigam. Nos empolgam. Nos indicam caminhos a seguir. Percorrem conosco os caminhos da vida. E nós nos apegamos. Nos entregamos. Precisamos delas.
Relacionamentos são vias de mão-dupla. Nós damos e recebemos. Às vezes mais, às vezes menos, a troca é parte essencial de um relacionamento, seja ele qual for.
Nos relacionando nós aprendemos, crescemos, amadurecemos.
É nos relacionando que, realmente, vivemos.

Sobre ser quem você é...

quinta-feira, 17 de março de 2011
Alguma vez você já se sentiu assim? De coração aberto diante de alguém, nem que seja de si mesmo, sendo simplesmente quem você é? Sem máscaras. Apenas você.
Fico imaginando até que ponto isso é bom. Até que ponto é bom pra você, mas também para quem te vê como você é. Será que as pessoas seriam capazes de te compreender? Será que você se compreenderia? Já parou para pensar no quão maravilhoso é se sentir livre para ser do jeito que você é? Um ser humano com medo, assustado, mas procurando um caminho, um modo melhor de viver. Ou será que você é alguém satisfeito, caminhando por uma estrada que você sabe exatamente onde vai dar? Será que morre de vontade de se abrir, mas é tímido demais para fazê-lo? Será que tem medo de quantas decepções isso vai te trazer? Será que ao se abrir, se mostrar, ser como você é, você vai decepcionar as pessoas que você ama? E se o que você é não lhe parece tão bom para impressionar alguém? E se você achar que vai magoar as pessoas a quem ama apenas sendo quem você é?
É difícil ter certeza dessas respostas sem realmente se expor, se arriscar. Por que na verdade, essas não são as únicas perguntas. Você quer ser o melhor para quem você ama. Elas querem o seu melhor. Mas, às vezes, o melhor para elas é que você seja quem é. Que se sinta livre pra ser simplesmente quem você é. E talvez você perceba que isso era o que você precisava. Ser você para, se conhecendo e se permitindo, se tornar melhor.

Sobre a vida...

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Para este post, vou sugerir que você ouça essa música enquanto lê.
Boa leitura :)

Off i go
Este foi encontrado em MP3 Dilandau MP3



Você não sabe até quando a vida vai durar. Mas no final dela, naqueles milésimos de segundos que antecederão a morte, você não quer pensar no que poderia ter sido se...
São tantas perguntas.
E se você tivesse ousado? E se você tivesse perseguido seus sonhos? E se você não ficasse apenas esperando as coisas acontecerem? E se você tivesse dito sim ao novo? E se não tivesse deixado o medo paralisar você? E se tivesse aberto o coração para novos e enriquecedores relacionamentos? Onde você teria chegado? Quanto tempo mais teria podido viver? Quantas portas teriam sido abertas? Quantas pessoas teriam sido mais felizes? Quantas chances a mais você teria tido?
Esta é a vida. Curta ou longa, não dá pra saber. Faz parte da essência da vida, o fato de não sabermos até quando ela vai durar. Você pode acordar amanhã e esse ser seu último dia. Pode nem ter tempo de acordar. Pode viver por mais alguns longos anos. Eles podem ser muitos. Podem ser poucos. Como você vai saber?
Essa falta de informações sobre a duração da vida não é um simples detalhe. Ela serve para nos manter caminhando. Você não sabe quanto tempo tem para viver, mas pode aproveitar o tempo que está a sua frente, agora, para vivê-la da melhor forma possível.
Então, hoje, faça algo que tem adiado há dias, meses, anos. Apenas faça. Respire fundo. Não pense demais. Se arrisque. E quando chegar ao fim da vida, que você possa pensar: “Eu fiz o melhor que pude.”.

Sobre as pessoas a quem amamos...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011


Amar não é uma tarefa fácil. Certamente pode ser uma tarefa muito prazerosa, mas isso não quer dizer que seja fácil. Talvez um dos pontos principais a respeito do amor, e das dificuldades que ele nos traz, é que nós não escolhemos a quem amar. Simplesmente amamos sem olhar a quem.
Sinto que há um quê de injustiça nisso, se é que me entendem. Você pode amar enlouquecidamente alguém que te despreza, e desprezar a quem tanto te ama. E, não, não dá pra simplesmente trocar. O amor não é substituível. E sim, você pode amar alguém a quem odeia. Ou alguém a quem, em tese, você deveria odiar.
As pessoas a quem dedicamos nosso amor tem um incrível poder sobre nós. Elas podem nos machucar ou nos fazerem felizes. Mas, assim como não dá pra escolher a quem amar, não dá pra prever quem vai ser confiável o bastante pra ter direito a tanta dedicação.
De certa forma, amar parece um jogo de sorte ou azar. Não dá pra adivinhar. Você se joga, se arrisca. Querendo ou não, o amor te faz entrar num labirinto, e não dá pra saber o final sem ter percorrido todo o caminho.
Não dá pra controlar o amor. Nem diminuir. Nem sequer aumentar. Ele escolhe você. O amor simplesmente escolhe você. E quer saber, amigo? Quando ele te escolher, você não tem outra alternativa. Só desejar a si mesmo: “boa sorte!”. É o que eu desejo também.

Sobre um sonho

sábado, 19 de fevereiro de 2011
Eu tive um sonho há algumas noites. Nele, eu caminhava com minha mãe em direção a algum lugar específico, mas no caminho, acabava tendo que passar por uma igreja. Depois de atravessar o salão principal, nós chegávamos a uma pequena sala e pedíamos permissão para cruzá-la, com a intenção de chegar ao outro lado e continuar nosso caminho. Estávamos passando e, de repente, senti meus olhos se encherem de lágrimas, enquanto o pastor naquela sala falava sobre o sol, que em breve iluminaria a todos, momentos antes de se pôr. Mesmo com lágrimas nos olhos, eu olhei para ele e sorri, sabendo o exato significado daquilo. Eu tive uma forte sensação de que Deus abre um sorriso de esperança em todo fim de tarde, como se iluminasse a vida de todos nós, sem fazer distinção entre as pessoas, boas ou más, ricas ou pobres, felizes ou infelizes. Naquele momento eu soube que não importava o quão suja e ferida eu me sentisse, Deus estava ali, me oferecendo diariamente seu sorriso acolhedor.