Sobre o amor...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Há algo que magicamente acontece em nós quando amamos alguém. Talvez não seja mágica. Talvez algo no céu se mova, os astros conspirem e planetas se alinhem quando pessoas se amam.
Amor de amigo, de namorado, apaixonado, proibido, sofrido, doído, não importa por quem, que seja amor. Simplesmente amor.
Como isso acontece? De que forma o nosso coração se liga ao coração de alguém, fazendo com que outro seja tão ou mais importante do que nós mesmos?
Eu tenho pra mim que o amor não acontece por um motivo óbvio, como muitos julgam. Não é porque a pessoa tem algo especial, não é porque faz uma omelete deliciosa, ou porque ela nos faz bem. Não é assim que o amor acontece, escolhido a dedo, como peça de vitrine
Acho que o amor simplesmente acontece. Independente, não-circunstancial e até não-correspondido. Amamos aquela pessoa que nos machuca, que nos engana, que não se importa. Muitas vezes a amamos mais do que a outros, mais do que àqueles que se esforçam, que são capazes de dar a própria vida por nós. Por amor nós ignoramos defeitos e amplificamos as qualidades. Por amor justificamos as atitudes do outro e compreendemos os seus motivos. Por amor ignoramos até mesmo a realidade de um amor impossível.
De que forma perdemos o controle das nossas vidas e passamos a viver em função de outra pessoa, seja ela merecedora ou não disso tudo?



P.S.: No começo eu também achei que seria um texto mais animadinho :P

Sobre as decepções...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


A vida não é sempre como esperamos, é? Na verdade, acho que é mais o contrário.

A esperança, doce ilusão. Quanto mais esperamos, mais chances de que a esperança nos traia e se converta em decepção.

E nós, o que fazemos? A maioria se levanta, carregando nos ombros o peso enorme de quem se iludiu de novo.

Força de vontade, fé, mais esperança. Ao invés de simplesmente tomar o caminho mais fácil e deixar pra lá, nós insistimos, loucos na crença de que dessa vez, vai dar tudo certo.

De certa forma, estamos certos, já que pode ser sempre a última vez, né? Bom, nem sempre. Aliás, difícil, hein? Quantos anos você tem? Dá pra contar que teve uma decepção só por ano? Desde que você passou a entender as decepções - nem falo daquelas de quando você é tão pequeno que um minuto depois nem lembra que não era bem isso o que você queria – muita coisa já aconteceu. Você já quis muita coisa e já tentou se contentar com o que recebeu no lugar.

A verdade é que nossa vida é cheia de decepções. Nem precisamos ter tanta atenção pra perceber isso. E outra verdade, é que dói muito. A decepção aperta nosso coração, quase o esmagando, reduzindo-o a nada. Acredite, qualquer pessoa que amemos tem o poder de nos decepcionar da pior forma possível. Não que elas tenham sempre a intenção. Às vezes, só por serem elas mesmas, nos decepcionam. Às vezes, porque exigem de nós mais do que podemos dar. Às vezes, apenas porque elas não nos entendem.

Dizem que a decepção ensina a viver. Talvez. Mas enquanto a decepção é dor, ela machuca mais do que ensina, e a dor encobre o que quer que haja de bom nela. Ensinamento, experiência? Enquanto age em nós, a decepção é apenas a realidade, cravando em nós a sua flecha cruel. E tudo o que nós queremos é nos livrar dela.

Bom, acho que voltar ao começo é a melhor forma de terminar este post. Aconteceu agora? Não se preocupe. Vai acontecer de novo, e pode muito bem ser pior.